Era uma vez um cabeleireiro chamado Miguel que, certo dia no
século XVlll, decidiu abrir uma loja em Paris.
Com o tempo, foi ganhando fama até que a notícia chegou aos
ouvidos do rei Eduardo l de França. Este gostou tanto da forma como o Miguel
lhe cortava o cabelo, que decidiu torná-lo o cabeleireiro real. Mas com o
passar do tempo, a tesoura que ele usava foi envelhecendo, ficando apenas um
pedaço de metal ferrugento, sujo e feio.
Entretanto, o Miguel adoeceu e no leito da sua morte chamou a
família. Decidiu dar ao seu filho, o Rui, a tesoura que em tempos lhe trouxera
a fama por toda a França. O filho foi crescendo e decidiu tornar-se alfaiate, dando
uso à tesoura que seu pai lhe dera. Depois de limpa e arranjada, a tesoura
brilhava como o Sol e o Rui lançou-se ao trabalho. Passado algum tempo, já ele
estava a criar os vestidos mais caros de França.
Já muitos anos depois, morreu o Rui, mas ao contrário do pai,
não deu a tesoura a ninguém. Decidiu guardá-la, para depois alguém a encontrar
e a usar para alcançar a fama como o seu pai e ele próprio.
Estava a chegar o seculo XXl, quando um pequeno menino
chamado Eduardo brincava num parque e encontrou enterrada na terra uma tesoura,
que parecia muito antiga pois já estava a cair aos pedaços. O menino decidiu
entregá-la aos pais, que por sua vez a deram a um amigo que era colecionador de
peças antigas.
O colecionador identificou na tesoura um símbolo da realeza
francesa e investigou mais o caso. Veio a descobrir que esta já tinha
pertencido ao cabeleireiro e alfaiate mais conhecidos da antiguidade. O
colecionador foi então avisar os pais do Eduardo e falou-lhes acerca da tesoura.
Acabaram por decidir irem juntos a um museu para oferecer a peça de coleção.
O Eduardo e a família ficaram famosos por terem descoberto
este tesouro tão emblemático para um país reconhecido mundialmente pela moda. Ao
que parece esta tesoura, ao longo dos tempos, só atraiu fama aos seus
portadores.
Eduardo Helena
7º ano
Orientação – Professora Silvina Guerra
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