CARTAZ
SELO PARA ASSINALAR A ATIVIDADE NOS SUMÁRIOS DOS ALUNOS
ANTECIPAÑDO A SEMANA DA LEITURA
ANTECIPAÑDO A SEMANA DA LEITURA
O CONHECIMENTO VEM À ESCOLA – Agrupamento de Escolas morgado de
Mateus
No
dia 10 de Março de 2016, a Escola EB 2, 3 Monsenhor Jerónimo Amaral teve o
privilégio de receber Jorge Mourão e este ofereceu aos nossos alunos uma aula
fantástica, na presença de diversos professores, representante dos pais e do
Conselho Geral e assistentes operacionais.
Certamente
os nossos alunos nunca irão esquecer a aula sobre pastelaria, lecionada pelo
membro da Confraria do Covilhete, no refeitório da escola.
Como
professora bibliotecária, tive o desejo de o convidar, pois sou apreciadora da sua
arte culinária e pasteleira há muitos anos – cliente de muitos almoços na Nova
Pompeia, rematados com deliciosos S. Marcos, mas desconhecia o seu empenho e a
sua vocação para mestre, ensinando e divulgando a arte de misturar produtos
para atingir sabores refinados.
Chegou
à escola depois de fazer algum planeamento em conjunto com o professor António
Carquejo (organizador desta atividade), transportando imensos produtos e
utensílios. Os alunos encheram o refeitório e Jorge (como gosta que o tratem,
excluindo senhores à mistura) iniciou a sua aula.
Houve
uma nota introdutória do professor António Carquejo, apresentando-lhe as
produções de azeite, azeitonas e licor de produzido pelos alunos da escola.
Enquanto se preparou, contou o seu percurso,
apresentou a sua primeira profissão (torneiro mecânico) teve o cuidado de
mostrar aos alunos uma craveira (instrumento de medição rigorosa que contem o
nónio), explicou que trabalhou na Africa do Sul, até que foi convidado por um
familiar para ingressar no mundo da pastelaria. Em 1986 regressou a Portugal e instalou-se
em Vila real como profissional de pastelaria e empresário.
Realçou
a importância do trabalho em qualquer profissão, o empenho, o gosto, o
sacrifício, que todos devem assumir para que se tenha sucesso. Os alunos
ouviram-no com atenção. Eu recordei-me do discurso dos meus mestres que sempre
tinham este slogan para divulgar:
mesmo no trabalho criativo 90% é transpiração e apenas 10% é inspiração.
De
seguida passou à prática, primeiro com informações importantes sobre higiene, e
passou ao ensino da confeção dos tradicionais covilhetes, os folhadinhos de
salsicha e queijo, o bolo de chocolate, permitindo aos alunos a moldagem da
massa do covilhete e a manuseamento do saco de pasteleiro, tão útil e ao mesmo
tempo necessitando de conhecimento, para que tudo seja rigoroso no aplicar.
Os
tabuleiros iam passando para o forno da cozinha da Educação Especial e os
aromas das cozeduras retornavam ao refeitório, provocando a tal “água na boca”
a todos os presentes.
Em
todo o processo, esteve sempre evidente o grande profissionalismo do mestre
pasteleiro, a sua simpatia, sentido de humor, a agilidade para manobrar os
utensílios e o seu bom gosto na decoração final de certos produtos.
A
plateia encantou-se e deliciou-se com a prova final, que este mestre
gentilmente ofereceu a todos, para degustarem.
Estava
tudo acima do ótimo!!!
Para
finalizar ofereceu à direção do agrupamento, 2 instrumentos pedagógicos do
passado, que felizmente caíram em desuso – a cana e a palmatória de 5 olhos -
que foi uma verdadeira novidade para a maioria dos alunos, o que traduz um
passo gigantesco no mundo educativo.
O
conhecimento veio à escola mais uma vez, desta vez pela mão deste grande mestre
que criou momentos inesquecíveis, e nos tornou mais ricos em conhecimento.
Formalizamos
aqui a gratidão de todos, em relação ao Jorge e equipa e certamente teremos
alguns alunos que, após esta aula magistral já estarão a acertar um rumo entre
os condimentos e os sabores.
Obrigada
Jorge, será sempre bem-vindo a esta escola, pois seguramente saberá sempre criar
empatias positivas com os jovens e comunicar novos conhecimentos, deste mundo
tão doce que é a pastelaria.
Anabela Quelhas
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