quinta-feira, 10 de março de 2016

JORGE MOURÃO - O conhecimento vem à escola


CARTAZ 


SELO PARA ASSINALAR A ATIVIDADE NOS SUMÁRIOS DOS ALUNOS

ANTECIPAÑDO A SEMANA DA LEITURA

O CONHECIMENTO VEM À ESCOLA – Agrupamento de Escolas morgado de Mateus
                No dia 10 de Março de 2016, a Escola EB 2, 3 Monsenhor Jerónimo Amaral teve o privilégio de receber Jorge Mourão e este ofereceu aos nossos alunos uma aula fantástica, na presença de diversos professores, representante dos pais e do Conselho Geral e assistentes operacionais.
                Certamente os nossos alunos nunca irão esquecer a aula sobre pastelaria, lecionada pelo membro da Confraria do Covilhete, no refeitório da escola.
                Como professora bibliotecária, tive o desejo de o convidar, pois sou apreciadora da sua arte culinária e pasteleira há muitos anos – cliente de muitos almoços na Nova Pompeia, rematados com deliciosos S. Marcos, mas desconhecia o seu empenho e a sua vocação para mestre, ensinando e divulgando a arte de misturar produtos para atingir sabores refinados.
                Chegou à escola depois de fazer algum planeamento em conjunto com o professor António Carquejo (organizador desta atividade), transportando imensos produtos e utensílios. Os alunos encheram o refeitório e Jorge (como gosta que o tratem, excluindo senhores à mistura) iniciou a sua aula.
                Houve uma nota introdutória do professor António Carquejo, apresentando-lhe as produções de azeite, azeitonas e licor de produzido pelos alunos da escola.
                 Enquanto se preparou, contou o seu percurso, apresentou a sua primeira profissão (torneiro mecânico) teve o cuidado de mostrar aos alunos uma craveira (instrumento de medição rigorosa que contem o nónio), explicou que trabalhou na Africa do Sul, até que foi convidado por um familiar para ingressar no mundo da pastelaria. Em 1986 regressou a Portugal e instalou-se em Vila real como profissional de pastelaria e empresário.
                Realçou a importância do trabalho em qualquer profissão, o empenho, o gosto, o sacrifício, que todos devem assumir para que se tenha sucesso. Os alunos ouviram-no com atenção. Eu recordei-me do discurso dos meus mestres que sempre tinham este slogan para divulgar: mesmo no trabalho criativo 90% é transpiração e apenas 10% é inspiração.
                De seguida passou à prática, primeiro com informações importantes sobre higiene, e passou ao ensino da confeção dos tradicionais covilhetes, os folhadinhos de salsicha e queijo, o bolo de chocolate, permitindo aos alunos a moldagem da massa do covilhete e a manuseamento do saco de pasteleiro, tão útil e ao mesmo tempo necessitando de conhecimento, para que tudo seja rigoroso no aplicar.
                Os tabuleiros iam passando para o forno da cozinha da Educação Especial e os aromas das cozeduras retornavam ao refeitório, provocando a tal “água na boca” a todos os presentes.
                Em todo o processo, esteve sempre evidente o grande profissionalismo do mestre pasteleiro, a sua simpatia, sentido de humor, a agilidade para manobrar os utensílios e o seu bom gosto na decoração final de certos produtos.
                A plateia encantou-se e deliciou-se com a prova final, que este mestre gentilmente ofereceu a todos, para degustarem.
                Estava tudo acima do ótimo!!!
                Para finalizar ofereceu à direção do agrupamento, 2 instrumentos pedagógicos do passado, que felizmente caíram em desuso – a cana e a palmatória de 5 olhos - que foi uma verdadeira novidade para a maioria dos alunos, o que traduz um passo gigantesco no mundo educativo.
                O conhecimento veio à escola mais uma vez, desta vez pela mão deste grande mestre que criou momentos inesquecíveis, e nos tornou mais ricos em conhecimento.
                Formalizamos aqui a gratidão de todos, em relação ao Jorge e equipa e certamente teremos alguns alunos que, após esta aula magistral já estarão a acertar um rumo entre os condimentos e os sabores.
                Obrigada Jorge, será sempre bem-vindo a esta escola, pois seguramente saberá sempre criar empatias positivas com os jovens e comunicar novos conhecimentos, deste mundo tão doce que é a pastelaria.

Anabela Quelhas










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