Num dia de verão,
estava bastante sol e não corria uma aragem, basicamente o dia perfeito para ir
à praia.
A
Maria ainda era pequena, devia ter 12 anos, e como vivia em Lisboa perguntou à
mãe se podia ir à praia, a mãe disse que sim e então lá foi ela.
Quando
chegou, só pensava em brincar na areia,
chapinhar na água cristalina e azulada do mar e em fazer castelos de areia.
Como estava imenso calor decidiu ir molhar-se mas, quando entrou na água, ficou
tão espantada que paralisou. Tinha pisado e encontrado o que, aparentemente
parecia uma bola de espinhos, esbranquiçados, coberta de algas. Ficou admirada,
porque nunca tinha visto algo assim tão majestoso. Então levou-a para casa para
conseguir perceber ao certo o que era aquele objeto misterioso.
Chegou
a casa aos berros e a gritar:
- Mãe, mãe anda cá rápido, onde estás?
- Já te disse mil vezes para falares baixo, mas diz lá, o
que se passa?- respondeu-lhe a mãe,
irritada.
- Desculpa, encontrei esta coisa na praia, o que é? - perguntou a Maria à mãe.
- Não sei, mas vamos lavá-lo, porque está cheio de algas
- respondeu admirada a mãe.
Depois
de terem ido lavar o objeto misterioso aperceberam-se que, na verdade, era uma concha especial e diferente das outras.
De manhã, a Maria teve de ir para a escola e
esquecera-se de que a professora de matemática tinha marcado uma questão-aula
para o dia seguinte. Quando chegou a casa foi logo estudar para o mini teste que
ia ter. Passados alguns minutos, como pensava que não ia conseguir passar na
questão-aula foi-se deitar, pois já era tarde e estava cansada. Olhou para o
lado e viu a concha, então segurou-a e disse em voz alta:
- Só espero que haja um milagre e que eu consiga tirar
boa nota no mini teste de amanhã. A Maria virou-se e adormeceu. Nesse instante
a concha começou a brilhar.
No
dia seguinte, ela chegou a casa com o teste de 100% e ficou muito feliz, mas ao
mesmo tempo intrigada, porque nunca tinha conseguido tirar tão boa nota em
qualquer teste que fizera em anos anteriores, e nesse mesmo ano escolar.
Por
sua vez o irmão, de 10 anos, estava a ter dificuldades em arranjar um objeto
interessante para o trabalho de ciências que a professora lhe tinha mandado
fazer. Então perguntou à irmã: - Mana,
tens algum objeto que me emprestes para poder fazer um trabalho de ciências?
-
Acho que não, mas vou ver, senta-te aí e espera um pouco! -exclamou a Maria: - Ah! Acho que tenho aqui o que procuras, esta concha que
encontrei na praia, serve?
-
Sim, obrigado - disse o irmão.
No dia seguinte, lá foi ele para a
escola com a concha, pegou nela e exclamou em voz alta: - Só espero ter boa nota neste trabalho.
Colocou a concha em cima da mesa para que todos
a pudessem ver bem e poder começar a explicar o seu trabalho quando, sem
ninguém dar por isso, ela começou a brilhar. Terminaram as aulas e ele saiu da
sala com um enorme sorriso na cara, pois tinha tirado a melhor nota da turma.
Os dois irmãos, a caminho de casa conversaram
e chegaram à conclusão de que a Maria tinha encontrado uma concha mágica na
praia e que quando falássemos com ela na mão, o que nós dizíamos
concretizava-se.
(0rientação Professora Silvina Guerra)
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