A 10ª edição da Semana da Leitura propõe-se convidar as escolas das redes pública e privada a dinamizarem ambientes festivos que envolvam as suas comunidades educativas e a população em geral em iniciativas plurais, que deem visibilidade à leitura como prazer e a tornem presente em todos os momentos e em qualquer lugar. A festa da leitura e do prazer de ler poderá ser, para os que assim o entenderem, uma oportunidade para se evidenciar a universalidade da Palavra e se criarem momentos de reflexão em torno de questões tão atuais como a globalização e o entendimento entre os povos.
Na verdade, a globalização coloca-nos hoje numa encruzilhada em que a diversidade cultural, base de sociedades multiculturais, nos obriga a repensar formas de diálogo entre culturas, que conduzam a um entendimento duradouro entre os povos. Entidades como a ONU ou a UNESCO inserem nas suas agendas, como assunto fulcral, a necessidade de aprendermos a viver juntos, adquirindo competências que nos permitam encarar com sucesso a complexidade de um mundo heterogéneo. Estamos perante a necessidade de novas abordagens que fomentem uma literacia cultural, salvaguarda do património comum da Humanidade. Olhar de frente a mudança global é aprender a pensar global. É na educação que devemos apostar para aprendermos a integrar a diversidade, no quadro do respeito e do entendimento mútuos. A leitura suporta e ilustra a diferença, o pluralismo e a multiculturalidade, criando elos de informação e de compreensão que nos ajudam a lidar com a heterogeneidade da Humanidade e a aceitarmos valores universais, unindo-nos em torno dos direitos humanos, na construção de sociedades inclusivas.
Neste quadro, entre 13 e 19 de março de 2016, a Semana da Leitura vem desafiar, mais uma vez, as escolas a fazerem a festa do livro e da leitura. Tradicionalmente dinamizada no mês de março, esta iniciativa tem-se revelado um importante contributo para evidenciar a leitura junto das crianças e dos jovens que frequentam as nossas escolas, marcando, simultaneamente, a sua presença junto da população em geral, quer pela aproximação das escolas às suas comunidades, quer pela intervenção conjugada de bibliotecas públicas e de diferentes entidades da sociedade civil que, voluntariamente, se associam a esta celebração anual. A Semana da Leitura surge, pois, como uma grande festa, que envolve não só escolas e encarregados de educação, mas também autarquias, empresas, assim como escritores, artistas, jornalistas, atores ou individualidades públicas, que desenvolvem atividades de leitura junto das populações, ultrapassando-se em muito a velha sala de aula pela apropriação do espaço público - bibliotecas, mercados, praças, cafés, restaurantes, livrarias, papelarias, cabeleireiros ou jardins – que se tornam espaços de festa onde todos são bem-vindos e se criam “ELOS de LEITURA”.
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