O encontro do professor Edgar
Costa, antigo aluno e antigo estagiário na escola Morgado de Mateus, com alunos do
ensino secundário e alguns docentes, que se realizou hoje de manhã, foi um
encontro fantástico por variadíssimas razões. As muitas histórias e
experiências que tem para contar, a grande capacidade de fazer submergir
questões básicas e de simplificar respostas complexas, a sua situação (etária e
de experiência de vida) no ponto certo de meio termo entre a proximidade e o
afastamento do universo dos alunos, permitindo uma compreensão dos seus
pensamentos, uma antecipação das suas inquietações, o confronto com uma
realidade para ele já conhecida, uma boa dose de um humor simples, em que se
expõe e com o qual ‘desarma’ qualquer auditório e um entusiasmo apaixonado na
apresentação do sonho que nunca abandonou e que está a realizar, foram
determinantes nesse sucesso.
O meu barómetro de interesse, que
mede a atenção dos alunos e não se costuma enganar, diz-me o quanto apreciaram.
Saber que um curso/diploma, as línguas estrangeiras, a disponibilidade e a
vontade para aprender sempre, para nunca considerar vã a aprendizagem, o evitar
ficar parado, o manter viva a atenção em meios competitivos e, muitas vezes,
hostis, o apostar na informática – sobretudo na programação –, o ser capaz de
fazer bem e ter brio em fazer bem, tudo apresentado com exemplos reais da sua
vida e da de amigos, são de primordial importância, foram conselhos ouvidos com
concentração e dos quais, estou certa, alguma coisa de bom ficará, constituindo
um alargamento de perspetivas e um exemplo que pode ser muito útil para os
nossos jovens, que foram, hoje, uma assistência exemplar.
O único senão foi o tempo,
escasso, que já não permitiu a colocação de perguntas… Mas Edgar Costa prometeu
responder a quem lhas quiser formular por escrito. Por isso, quem quiser, é só
deixar ficar registo do que pretende na biblioteca da Morgado de Mateus, que
nós nos encarregaremos de lhe encaminhar as vossas mensagens.
Obrigada, Edgar – e esposa – pela
disponibilidade, pela partilha e pelo modo como ela foi orientada, mostrando
que, realmente, o sonho de ser professor teve razão de ser e se concretizou
também hoje, nestes 90 minutos de ‘lição de vida’!
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