Serápis
Exposição de artes plásticas
inserida no projeto Serapíades do Agrupamento de Escolas Morgado de Mateus
Serápis foi um dos deuses de
culto do Santuário de Panóias, veja-se a inscrição:
“Ao altíssimo Serápis, com o
Destino e os Mistérios, G.C. Calpurnius Rufinus, claríssimo.”
Serápis, deus egípcio difundido
na cultura grega e latina, chega às terras de Panóias através do exército
romano e é neste local que se realizava o seu culto. Deus atribuído às trevas
quando estas apenas significavam o desconhecido.
Serápis, como divindade, tem uma
representação física. Cabelos longos, cinco farripas sobre fronte, barbas
fartas, compridas, ligeiramente onduladas, emolduram um rosto de idade madura.
Nos registos antigos, Serápis surge com um modius (vaso) ou calathos sobre a
cabeça, como símbolo da prosperidade e da fertilidade dos solos,
características muito apreciadas na antiguidade, identificando-o assim como
divindade da abundância.
Por vezes, posa junto de Serápis,
um monstro tricéfalo, guardião do inferno, convertendo Serápis em senhor do
tempo e da eternidade; segura na sua mão direita o monstro Cerberus, enquanto a
mão esquerda se apoia no símbolo do poder, um ceptro bifurcado.
Hoje, os nossos jovens recriam
Serápis numa escola perto do Santuário, duma forma descomplexada e atrevida, em
que o verdadeiro culto é a criatividade e o limite, o infinito.
Como eles vêem e representam
Serápis? Representam-no novo ou velho? Parece-se com quem? Com um filósofo, com
um biólogo, com um escultor, ou com uma estrela pop?
Venha Serápis e escolha!
Anabela Quelhas (professora de
artes visuais e co-autora do projeto)
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