segunda-feira, 30 de junho de 2014

SERÁPIS - exposição de artes plásticas




Serápis

   Exposição de artes plásticas inserida no projeto Serapíades do Agrupamento de Escolas Morgado de Mateus

Serápis foi um dos deuses de culto do Santuário de Panóias, veja-se a inscrição:

 “Ao altíssimo Serápis, com o Destino e os Mistérios, G.C. Calpurnius Rufinus, claríssimo.”

   Serápis, deus egípcio difundido na cultura grega e latina, chega às terras de Panóias através do exército romano e é neste local que se realizava o seu culto. Deus atribuído às trevas quando estas apenas significavam o desconhecido.

   Serápis, como divindade, tem uma representação física. Cabelos longos, cinco farripas sobre fronte, barbas fartas, compridas, ligeiramente onduladas, emolduram um rosto de idade madura. Nos registos antigos, Serápis surge com um modius (vaso) ou calathos sobre a cabeça, como símbolo da prosperidade e da fertilidade dos solos, características muito apreciadas na antiguidade, identificando-o assim como divindade da abundância.

   Por vezes, posa junto de Serápis, um monstro tricéfalo, guardião do inferno, convertendo Serápis em senhor do tempo e da eternidade; segura na sua mão direita o monstro Cerberus, enquanto a mão esquerda se apoia no símbolo do poder, um ceptro bifurcado.

   Hoje, os nossos jovens recriam Serápis numa escola perto do Santuário, duma forma descomplexada e atrevida, em que o verdadeiro culto é a criatividade e o limite, o infinito. 

   Como eles vêem e representam Serápis? Representam-no novo ou velho? Parece-se com quem? Com um filósofo, com um biólogo, com um escultor, ou com uma estrela pop?

   Venha Serápis e escolha!


Anabela Quelhas (professora de artes visuais e co-autora do projeto)

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