Cambridge, 2010 | Fotografia de Mª Manuel Carvalhais
O dia das
bruxas teve origem há cerca de dois mil anos entre os povos celtas, a
partir da comemoração do festival de Samhain, na Irlanda. Esse festival
era realizado entre 30 de Outubro e 2 de Novembro, marcando o fim do verão e o
início do Ano Novo.
Com o passar do
tempo estabeleceu-se uma data fixa para a comemoração e esta adquiriu um novo
significado: o povo acreditava que na noite de 31 de Outubro as almas vinham à
Terra para possuir as pessoas! Esta era, segundo os Celtas, a única forma de
vida após a morte. Por esse motivo a comemoração passou a ser chamada de Halloween
(dia das Bruxas, dia de Todos os Santos ou Encontro das Almas).
Crendo que as
almas voltavam e possuíam as pessoas, os irlandeses, na noite do dia 31 de
Outubro, passaram a apagar as tochas e fogueiras de suas residências com o
intuito de deixá-las frias e incómodas, fantasiavam-se e desfilavam
estrepitosamente pelo bairro para espantarem as almas que procuravam corpos
para possuí-los. Essa tradição estendeu-se aos Estados Unidos no século XIX,
com a chegada de imigrantes irlandeses. A data tornou-se tão importante para o
país, que foi estabelecido
feriado nacional nesse dia, sendo a festa norte-americana mais conhecida de
todos e em todo o mundo.
Texto baseado no artigo de Eliene Percília,
do sítio “Equipe Brasil Escola”, adaptado.
Em Portugal é sobretudo uma comemoração escolar, que vem ganhando maior
relevo com a importância do estudo do Inglês e com a valorização das tradições
culturais dos povos de língua inglesa. É também aproveitada comercialmente como
oportunidade de venda de livros, filmes, acessórios e brinquedos.
Por
cá, as histórias populares de bruxas, boas e más, não as vinculam a um só dia
de aparição, antes a múltiplas terças e sextas-feiras e ao espaço variado e
dúbio das encruzilhadas dos caminhos.
Se tens curiosidade em
conhecer histórias de superstições e de bruxas ligadas à tradição popular de
Trás-os-Montes, um bom livro para ler, agradável e muito engraçado, é O Diabo
Veio ao Enterro, de A. M. Pires Cabral (existe
na nossa biblioteca).
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